Sempre fui do tipo livre-evoluída. Sabe aquela menininha recatada e sentimentalista? Então... eu nunca fui assim! Sempre gostei de mostrar meu lado feminista, sabe? Sempre fui determinada demais, audaciosa demais, faladeira demais, LIVRE DEMAIS! Nunca me prendi a parâmetros machistas. Gosto de rock, calça jeans, star wars e filmes de ação. Sou uma hermafrodita cerebral. Não sei o porquê. Meus pais se esforçaram muito para me deixarem menininha, cheia de feminices e chatices típicas de mulherzinha. Confesso que ainda gosto de muitas, visto que não dispenso um bom romance à lá Titanic. Mas nunca fui dada a passar horas e horas me martirizando, querendo saber se fiz algo errado, se não me comportei como a verdadeira norinha perfeita pra mãe de alguém. De longe sou assim!
Sou portadora de uma dualidade. Confesso. Adoro maquiagens, salto alto ,me sentir paparicada. Mas gosto de mandar, ser líder e de fazer coisas racionais. Falar sobre minha sexualidade nunca foi problema. Muito pelo contrário! Gosto de falar sobre minhas experiências, meus medos , minhas vontades, logicamente, sem perder a auto-preservação completamente feminina. E pasmem: não sou criticada por nenhum portador do órgão sexual masculino.Pelo menos, nenhum teve audácia de falar asneiras na minha frente. E pasmem mais uma vez: as críticas, quase sempre, vêem de mulheres. Sim! Eu? Eu acho graça! Numa sociedade que se diz femininamente evoluída , é engraçado receber olhares pesados das pseudo- feministas quando eu digo que tive um orgasmo com um cara que não é meu namorado ou marido, ou sei lá pra quem elas pensam que eu deveria estar dando. Oh! Desculpe pelo linguajar impuro.
Sim! É isso mesmo que você está pensando. Os maiores machistas de todos os tempos somos nós, mulheres. Nós não!Elas! Não, não é exagero da minha parte. Vai dizer que você nunca ouviu em algum banheiro de balada comentários do tipo: viu que piriguete? Ela saiu com três. Eu dou uma gargalhada contida e penso: “elas tão assim porque a menina beijou 3 caras. Queria ver a cara delas se soubesse com quantos caras eu transei !”. Me divirto com esse pensamento. E fico emputecida com a hipocrisia. Já conheci várias desse tipinho “olha – pra- ela “ . Mais da metade dessas gurias, fofoqueiras de banheiro, gostaria de ser tão livre assim.
Eu respeito muito as virgens por opção. De verdade. Mas odeio as hipócritas. Aquelas que pensam, querem, mas por puro machismo próprio não fazem. Quer transar? Transe! Quer beber? Beba! E faça como eles. Viva livremente, só que de salto alto.