Não me resolva

Eu odeio Matemática. Simplesmente odeio, mas não vejo forma mais eficiente de lhe explicar “ Quem sou eu”.Sou um cálculo sem fim. Sou uma soma de impurezas, friezas e xingamentos. Sou uma subtração de paixões, desejos, sonhos e inseguranças. Sou uma divisão de amores, exageros, preocupações e prioridades.  Se você estiver no primário da vida, sou para ti uma equação de segundo grau. Se você estiver no segundo grau, nem eu mesma sei com qual conta mirabolante eu posso me caracterizar. Agora pouco eu descobri que posso ter mil resultados diferentes e com as mais variadas formas que alguém já pensou em representar um resultado matemático. Mas mesmo encontrando algumas soluções pelo caminho, descobri que os resultados achados nunca são definitivos, sempre somo, subtraio, adiciono, divido e o que mais eu puder fazer. Não adianta, sou uma conta sem fim. Você pode comprar mil cadernos, mil tabuadas, pode descobrir fórmulas, mas não vai servir de muita coisa.Talvez sirva por um curto período de tempo, mas depois não serve mais. Mas calma, no meio das resoluções você verá que eu nem sou tão complicada assim.